O Parque Nacional Torres del Paine é um dos destinos mais impressionantes da Patagônia chilena, atraindo aventureiros de todo o mundo para explorar suas paisagens únicas e sua rica biodiversidade. Neste artigo, você encontrará tudo o que precisa saber para planejar sua visita a essa maravilha natural.
Além de saber onde ficam exatamente as icônicas torres de granito e como chegar até elas, você vai entender como esse impressionante conjunto de formações rochosas surgiu ao longo de milhões de anos — resultado da ação combinada de movimentos tectônicos e geleiras.
Também vamos contar um pouco da história do parque, desde sua fundação até o reconhecimento como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
E para quem tem curiosidade sobre a fauna e a flora da região, trazemos detalhes sobre as dezenas de espécies que habitam o parque — incluindo a puma, o huemul (cervo andino ameaçado de extinção) e a variedade de plantas que compõem os distintos ecossistemas do lugar.
Localizado na região de Magalhães, no sul do Chile, o Parque Nacional Torres del Paine abriga as famosas torres de granito que dão nome ao parque. A cidade mais próxima é Puerto Natales, a aproximadamente 2 horas e meia de carro. Para os hóspedes do Hotel Las Torres, há um serviço exclusivo de traslado em vans confortáveis, garantindo uma viagem segura e agradável.
Para alcançar a Base das Torres, siga os seguintes passos:
As Torres del Paine se destacam por suas camadas rochosas claras contrastando com as escuras. As rochas escuras são sedimentares, formadas durante a separação do supercontinente Gondwana há milhões de anos. Já as rochas claras são granitos ígneos intrusivos, que se formaram ao se infiltrar nas rochas sedimentares, aproveitando a fraqueza gerada pela presença da falha do Rio Nutrias.
Essas formações foram expostas por processos tectônicos e esculpidas pela ação de geleiras durante o período Pleistoceno, resultando nas formas angulares distintas das montanhas, como os famosos "Cuernos" e as torres que vemos hoje.
O parque foi criado em 13 de maio de 1959, inicialmente como Parque Nacional de Turismo Lago Grey. Dois anos depois, recebeu o nome atual. Desde 1973, é administrado pela Corporación Nacional Forestal (CONAF), que mantém uma presença constante de guardas-parque para proteger a área.
Em 1978, o parque foi declarado Reserva da Biosfera pelo Programa Homem e Biosfera (MAB) da UNESCO, reconhecendo sua importância ecológica e promovendo a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais.
Podemos dividir a fauna local em diferentes grupos. Começando pelos mamíferos, o parque abriga 25 espécies, entre as quais se destacam a puma, o raposo-vermelho, o zorrilho (ou chingue), o gato-de-geoffroy (Gato-do-mato-grande) e o huemul — um cervo andino ameaçado de extinção e símbolo da fauna chilena.
Com relação aos répteis, é possível encontrar 6 espécies diferentes no Parque Nacional Torres del Paine. Já entre os anfíbios, são 3 tipos registrados, e entre os peixes, 6 espécies distintas.
A flora do parque conta com 274 espécies de plantas, classificadas em quatro zonas principais: estepe patagônica, arbustos pré-andinos, floresta magalhânica (com predominância da lenga) e deserto andino.